Ele sentou.
Passou
a tomar nota das coisas.
“Uns
com tanto e outros com ... ”.
Ele –
Como é mesmo?
Falava
baixo, sozinho.
Ele –
Não, não. Nada disso. É ....
“A
linha 4 - Amarela do metrô agradece a preferência. ”.
Anunciaram
no alto-falante.
Ele levantou.
Ele –
Ein? Como é? Nada de preferência.
Foram dois ônibus para chegar no ponto de partida da primeira estação da linha
....
Ele –
Era só uma ou duas. Aí, agora, sei lá.
Sem
querer ele esbarra em um rapaz. O rapaz é jovem, está bem vestido, caminha
sentido a linha 3 – Verde.
Ele –
Desculpa.
O
rapaz
– Não foi nada.
Ele –
É que eu estava aqui e ... você ouviu?
Ele –
Por favor, me dá uma informação? Teve uma manhã, eu estava em casa, ainda
deitado, pensando atividades para o dia como alimentar galinhas, pegar ovos,
regar plantas, mas ....
Ele –
E isso seria, imagina, só depois de passar um café gostoso, assar um pão no
forno. Falaram comigo.
“Levanta,
vai trabalhar. ”.
Ele –
Tem tanto tempo que visto este terno. Onde fica o Centro?
O
rapaz
– O senhor tem que fazer baldeação.
Ele –
Baldeação.
Tomou
nota.
Ele –
E ... que linha que é isso?
O
rapaz
– Em que lugar do Centro o senhor vai?
Ele –
Eu ... eu não sei.
Ele –
Ei, eu morava sozinho!
O
rapaz
– Como é?
Ele –
Falaram comigo, mas ... eu morava sozinho.
Ele refletiu.
O
rapaz
– Oxe!
O rapaz
continuou em direção a linha 3.
O
rapaz
– Só pode ser doido.
Falando
sozinho.