quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Quinta-Feira só alegria

Acordou o rapaz. Acordou cheio de alegria. Regou as plantas, deu bom dia.
Seguiu seus passos conforme costume dos outros dias. Melhor ainda, estava descansado graças ao feriado passado.
            Entrou no carro deu a partida. Partiu, também com alegria.
Foi cumprimentando quem conhecia. Cumprimento até para o fiscal de trânsito, de plantão no farol da esquina.
Surpreendeu-se com o agente ao ver retribuição no cumprimento.
Pensou: “Caraca! Que rapaz gente fina.”
Entrou no trabalho, quinta-feira marcava o calendário.
“Puta que pariu!” – era rodízio do carro, e ele não sabia.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Não me venha com delivery não. Não quero, não! Estou mais para liberdade com os pés no chão. Ir e vir sem medo do ladrão, sem a correria desse mundão. Ir buscar meu próprio pão.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Vai que dá

"CAFÉ!"

Uma sirene de palavras indicando a primeira pausa do dia. Pão com queijo, café com leite e muitas risadas. Mesa posta da equipe que se animava com as histórias do fim de semana passado. 9h e 30 e várias risadas depois, manobram-se os caminhões de carga do pátio.

- Olha ai pra gente. Pode ir?
- Acho que dá. – disse crendo nas habilidades do motorista – Merda, merda, merda! – disse logo em seguida. 



“Acho” não foi a precisão correta.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Deixe-me viver


          Falo sério
          Cansa, sempre ter, essa discussão
          Pare essa invasão, esse forçar-a-barra
          Abandona essa violência
          Me deixa ... viver. 

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Ele precisava, sabia que precisava. Caminhava, sabia que precisava. Precisava, sabia do que precisava. Do contato, ele precisava. Ter alguém, era o que ele precisava. 

domingo, 6 de outubro de 2013

Poemas

Vem para perto
A solidão em nada me vale
Me conte, ma faça sentir
Tristezas e ou felicidades.

                 -

Acordou com ânimo de vida
Regou as flores
Deu bom dia!

Papel e chuva, chuva e papel.

            Eram dias secos.
            “Vem chegando a primavera.” - foi noticiado, a previsão foi informada. Não via a hora, aguardava.
            Escureceu, dormiu, passou o tempo. Tímidos raios de sol, tranquilos, do lado de fora, furavam as frestas da sua janela. Já era dia.
            Um clima visivelmente frio. Nublado, cinzento de repente, claro. Oscilações climáticas conforme as nuvens em movimento. O vento.
            Fraco, se não parado, para ele que tinha os pés no chão térreo do quintal da casa. Forte quando se pôs a observar as nuvens altas, movimentar.
            Atarefado. O tempo passa e o relógio que trabalha indica ele sobre a hora, já é tarde. Fim de tarde. Chuva.

            Chovia, chovia, chovia! Uma cachoeira do quintal pela cozinha, em direção à rua, seguia.
            Ele continuava sua lição de geografia, matemática e química. Na mesa folhas, folhas, folhas, rabiscos. Expressavam informações que pingavam em seus ouvidos. Barulho d'água da chuva que corria. Divagou.

            A cabeça ergueu os olhos na janela, ele, se aproximou. A forte corrente d’água um rio no quintal floresta. Uma ideia.
            Dobra as folhas, faz barquinhos, barquinhos e barquinhos, muitos barquinhos. Levantou, saiu.

            Capa de chuva, galocha na poça, um sorriso e os barquinhos. Pelo rio de águas cheias sacolejando pelo caminho.
            No final a rua, o bueiro. Era o fim? Não. Era o começo.
            Na água o papel se desfazendo reciclava as ideias de papel molhado, moído, prensado, seco. Usado, papel velho, gasto vira novo. Do novo de papel a sua arte.


segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Café da manhã

Pela manhã um belo dia de sol. Deixo para trás as paredes que enquadram a cozinha sem janelas. Nas mãos um alimento de preparo rápido. Deixo para outra hora a mesa da sala lotada de papéis, envelopes, pastas, eletrônicos da empresa que me pede contato até nos finais de semana. Vou e faço banquete na varanda que despreza a tevê que me quer com a cabeça em formato quadrado. Mas hoje, o que tenho, um horizonte de possibilidades para o que eu quiser fazer.


sábado, 3 de agosto de 2013

Aluga-se




Apartamento com disponibilidade à Lua. Ela, como varanda para pensar, jardim para descansar. Quarto, banheiro, sala e cozinha. Amplamente estruturado para receber muitas alegrias. Espaço sem fim para os casais apaixonados.

Pague com sonhos. Venha morar.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Preto!

Em um grupo de bate-papo o comentário:

"Pretos! Conquistaram acesso aos smartphones, mas fazem das suas 'pretisses', só da merda!"

Racismo é mais que a assimilação do humano com o que sai do cu, sujo de merda preta. Essas são apenas palavras baixas, no mínimo burras.

Racismo mesmo está expresso nas indiferenças sociais que bloqueiam as relações.

Desculpe escrever as merdas que penso, sou preto!

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Encantado silêncio

Do not you hate that?
Maybe. What?
The silences that bother  way do we have to talk nonsence to feel good?
I do not know. It's a good question.
That's how you know you fond somebody special.

                                                                             [Tarantino - Pulp Fiction]

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Mundo da Leitura 2

De volta ao Chinaski, de volta a Bukowski

Lembro em professores e sala de aula quando leio:

..."Então começou a leitura e eu tive mais sorte nessa noite. Era a mesma patota, mas  minha cabeça trabalhava a meu favor. A turma foi ficando cada vez mais animada, mais doida, mais entusiasmada. Algumas vezes são eles os animadores; outras, é você. Em geral, é você. É como subir no ringue: você precisa sentir que deve à plateia alguma coisa, ou então é melhor nem estar ali."...
                                         
                                                 [Bukowski, Charles - Mulheres cap. 87 pag. 218 Editora L&PM Pocket]

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Mundo da leitura.



..." - Eu adoro aeroportos e os passageiros. Você não acha isso tudo adorável?
     - Não.
     - As pessoas parecem tão interessantes.
     - Eles só têm mais dinheiro do que as pessoas que viajam de trem ou ônibus."...
                                                                                       
                                                      [Charles Bukowski - Mulheres cap. 77 pag. 186 L&PM Pocket]