Pediu para entrar sozinho.
“Doutor, eu não quero desistir ”.
“Ótimo. Não queira mesmo ”.
“Mas você disse ... ”.
“É eu disse. Pois sei do que acontece em seu corpo.
Mas o senhor não precisa desistir ”.
Um aperto no coração.
“Estou com medo ”.
“Entendo. Se sente mal? ”.
“Sim ”.
“Normal ”.
O doutor levanta, ajeita o divã clínico.
“Venha. Sente aqui ”.
Verifica a pressão e os batimentos cardíacos do paciente.
“Deixe-me ver sua mão ”.
Observa.
“Do outro lado também ”.
Segura.
Solta.
“Se sente melhor? ”.
“Sim ”.