Tanta história carrega a xícara
de café à boca.
- você sabe? Eu pude ler celso furtado.
cada um Tem seu jeito de começar o dia. E é um poder começar com pão, torrada, passar
manteiga na bolacha, café fresquinho, papear.
Eu pergunto:
- você quer?
Todos querem.
- Não dá. E você sabe disso. Não posso me
atrasar.
-
Eu te levo.
Nem todos estão privilegiados. Eu
sinto, eu preciso, eu quero, eu como?,
posso falar sobre classes?
o que eu vejo?, o que você vê?, o que
queremos ver?, e fazer?, o que nos
servem?, odiário em transmissão ao vivo não passa em qualquer
restaurante, já percebeu?
que
mais um negro, morto
mais
um
mais
um
mais
um
mais
um pobre ou negro, morto
mais
um
mais
um
mais
um
mais
um jovem, morto
mais
um
mais
um
mais
um
qual
é o crime mesmo?
cento e onze mortos cento e onze tiros
sento e, meu deus!, o que está
acontecendo?
- rádio patrulha, na escuta? a casa
está em ordem?
walk
talk e mais aquela prancheta de anotações.
(
) sim. ou ( ) não.
- América!,
quem vai nos ajudar?
É a pergunta que encerra a programação
e, corta! mais um dia, – graças a deus!
Enquanto isso propaganda, margarina e, panelas, programação de culinária até a
meia noite.
E quem não conseguir fechar os olhos,
deitar e dormir, em caso de insônia,
programação da madrugada é filme do Brucili.