- Ei!, acorda, acorda
- que foi!?, ein!
- Está vendo isso?
2016
Intensificado. autuado. ei!, parado!
- Tá indo pra onde?
...
- É cidadão de bem?
...
- Pra onde?
...
- Ein!?
Mais que saber, saber como responder, tem de dizer se
vai ou se vem, cuidado. E garantir. quem garante?, o que garante?, quem / o que
define o ser?, certo ou errado?, dez da noite é mal ou bem?, acompanhado?, o
cabelo preso ou solto?, por que?, bermuda ou calça jeans?, vindo de onde?, é
sério isso!?, é mesmo!?, responder esse tipo de pergunta outra vez?!
Não é possível.
faltou dizer?, escrever?, onde foram parar aqueles livros?, e os filmes?,
cadê?, cadê?
É de todos o direito de ir e vir, pensar e repensar,
viver, criar, ficar e ativar o espaço, provocar e promover diálogos.
- cadê a parada!?, ein!?, cadê?, cadê?
Não cabemos todos na curta programação da televisão.
Não cabemos, não nos cabe o retângulo entorpecedor, seja a polegada qual for.
Não me parecia preciso. Hoje, diferente, me parece lógico!, eu ligo mesmo, - mãe, cheguei,
- mãe, estou bem!.
Não se sabe quando será o próximo interrogatório e, se
será permitido – dito, se será possível saber, - por que, ein!?, - pra quem?
Se todos somos muitas e muitos, somos várias e vários,
somos diversos, mulheres, negras e negros, crianças, indígenas, senhoras e
senhores, somos adultos e somos jovens.
E se também, me perdoem, sem exceções, até que seja
outro o jeito, somos ninguéns.
- Ei!, ei, ei!
Não existe um herói. não existe um modelo.