Foi um domingo
Os quartos de um
hotel próximo seriam abertos a partir das oito horas. Oito e dez deixamos a
festinha do bairro. Sem suspeitas
Foi na mesma noite em
que os pais dela saíram às pressas para o enterro de um tio-avô distante
Ela tirou a calça. Eu
fui de boca, doido no cheiro de vagina
- Para, para, calma. Não quero desse
jeito
Eu tirei a calça, meu
pau duro
- Ei, eu disse, para!
Ela levantou e se
vestiu
- Que foi?
- Quero ir embora
Eu fiz birra
- Então por que raios
a gente veio?
Resmunguei os 5 minutos
de uma hora paga
- Desculpa
- Esquece
- Boa noite
- Boa
Ela desceu do carro, correu
chorando, tocou a campainha
- E aí, como foi?
Conta, conta – Notou o choro. Se assustou – O que aconteceu?!
Seguiram conversando
Quando amanheceu, uma
comichão, ela enviou mensagens pelo celular
“Oi? Tudo bem? Nossa,
que chato aquilo da noite passada ”
“É, foi. Tudo bem. E
você? ”
“Bem. Estive
pensando, vou largar da aula mais cedo. Podemos nos encontrar. O que acha? ”
“Não sei. Melhor não
”
“Esquece aquilo. Ela
já está bem ”
“Sei ”
“Verdade ”
“Que horas? ”
“Às oito? ”
“Ok. Não atrase ”.