segunda-feira é daqueles dias da semana em q nada se espera além do q ja se é. ou seja. a propria segunda-feira
n é feriado. quem dera. ou antes fosse. contudo seria muito e somente o prolongamento d + outro domingo. logo. resultaria em mais uma segunda. enfim
- n encontro meus remedios
- o q
- os meus remedios
- q tem
- n os encontro
- ah é isso. já olhou na bolsa
- sim. em todas
- talvez tenha deixado na mala do carro
- é. talvez. voce pode dar uma olhada pra mim
- agora não posso
apesar d ja se lembrar onde estao os remedios. revira mais uma vez as bolsas estao espalhadas por toda casa. talvez nas prateleiras do banheiro. é óbvio. na cozinha. primeira porta depois da garagem. devem d ter ficado junto das sacolas. deixa me ver
tum.!
n pode ouvir a queda porque estavam tapados os ouvidos
q merda foi essa. uma droga. exaustão. assim que sentiu a tontura jogou o peso do corpo contra parede. um apoio. meu deus. quanto tempo estou aqui. o roupão já n cobre as pernas. merda d novo. foram apenas alguns segundos mas a humilhação. estar no chão e logo após o banho. não acredito. perto da porta. rente ao lixo. levanta a cabeca enquanto o corpo ainda acorda. busca com o olhar ate onde é possivel ver o final do corredor. lá está a cadeira ocupada o dia inteiro e lógico os fones no ouvido. merda. resolve-se só. ate porque n precisaria gastar + tempo com + explicacoes. ainda lhe faltam os remédios
caça as chaves
como destrancar as portas sem que toque o alarme
o alarme sim. esse basta um clique e logo tocam os ouvidos. talvez os dispare d proposito
no porta luvas. claro
- e entao. encontrou os remedios
- ahhhh.!
por isso se nega ir a garagem. outro susto
- mas q cacete. se veio ate aqui n podia ter vindo por mim
- calma
- calma uma porra
bate a porta
- os remedios
- q tem os remedios
- deixou-os la dentro outra vez
- q
com o susto largou os remédios. cairam no assoalho
- deixa. eu pego
- vai pega
- as chaves onde estao
- aqui oh. toma suas chaves
enche a caneca d’agua . ainda assim os comprimidos lhe ferem a garganta
- pronto
- sim
- vem. vamos deitar
- vai ver onde vou deitar. vou deitar minha mão na sua cara
todo esse odio nada tem a ver com os remedios. os remedios são sim importantes. tem algo com a imunidade. trazem seguranca. logo certa calma. mas o problema n sao os remedios. ou a falta deles. sim. tem um pouco d culpa a segunda-feira. sem duvida. acontece q esse silêncio dos fones no ouvido. faz da casa um cinema mudo diário. os fones no ouvido. esses com toda certeza esquentam e muito a cabeca