sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

sem título.

Tanta história carrega a xícara de café à boca.  

- você sabe? Eu pude ler celso furtado.

cada um Tem seu  jeito de começar o dia. E é um poder começar com pão, torrada, passar manteiga na bolacha, café fresquinho, papear.

Eu pergunto:

- você quer?

Todos querem.

- Não dá. E você sabe disso. Não posso me atrasar.

- Eu te levo.

Nem todos estão privilegiados. Eu sinto, eu preciso, eu quero, eu como?, posso falar sobre classes?   

o que eu vejo?, o que você vê?, o que queremos ver?, e fazer?, o que nos servem?, odiário em transmissão ao vivo não passa em qualquer restaurante, já percebeu?

que mais um negro, morto

mais um
mais um
mais um

mais um pobre ou negro, morto

mais um
mais um
mais um

mais um jovem, morto

mais um
mais um
mais um

qual é o crime mesmo?

cento e onze mortos cento e onze tiros sento e, meu deus!, o que está acontecendo?

- rádio patrulha, na escuta? a casa está em ordem?

walk talk e mais aquela prancheta de anotações.

(   ) sim. ou (   ) não.

- América!, quem vai nos ajudar?

É a pergunta que encerra a programação e, corta! mais um dia, – graças a deus! Enquanto isso propaganda, margarina e, panelas, programação de culinária até a meia noite.

E quem não conseguir fechar os olhos, deitar e dormir, em caso de insônia, programação da madrugada é filme do Brucili