terça-feira, 29 de outubro de 2013

Deixe-me viver


          Falo sério
          Cansa, sempre ter, essa discussão
          Pare essa invasão, esse forçar-a-barra
          Abandona essa violência
          Me deixa ... viver. 

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Ele precisava, sabia que precisava. Caminhava, sabia que precisava. Precisava, sabia do que precisava. Do contato, ele precisava. Ter alguém, era o que ele precisava. 

domingo, 6 de outubro de 2013

Poemas

Vem para perto
A solidão em nada me vale
Me conte, ma faça sentir
Tristezas e ou felicidades.

                 -

Acordou com ânimo de vida
Regou as flores
Deu bom dia!

Papel e chuva, chuva e papel.

            Eram dias secos.
            “Vem chegando a primavera.” - foi noticiado, a previsão foi informada. Não via a hora, aguardava.
            Escureceu, dormiu, passou o tempo. Tímidos raios de sol, tranquilos, do lado de fora, furavam as frestas da sua janela. Já era dia.
            Um clima visivelmente frio. Nublado, cinzento de repente, claro. Oscilações climáticas conforme as nuvens em movimento. O vento.
            Fraco, se não parado, para ele que tinha os pés no chão térreo do quintal da casa. Forte quando se pôs a observar as nuvens altas, movimentar.
            Atarefado. O tempo passa e o relógio que trabalha indica ele sobre a hora, já é tarde. Fim de tarde. Chuva.

            Chovia, chovia, chovia! Uma cachoeira do quintal pela cozinha, em direção à rua, seguia.
            Ele continuava sua lição de geografia, matemática e química. Na mesa folhas, folhas, folhas, rabiscos. Expressavam informações que pingavam em seus ouvidos. Barulho d'água da chuva que corria. Divagou.

            A cabeça ergueu os olhos na janela, ele, se aproximou. A forte corrente d’água um rio no quintal floresta. Uma ideia.
            Dobra as folhas, faz barquinhos, barquinhos e barquinhos, muitos barquinhos. Levantou, saiu.

            Capa de chuva, galocha na poça, um sorriso e os barquinhos. Pelo rio de águas cheias sacolejando pelo caminho.
            No final a rua, o bueiro. Era o fim? Não. Era o começo.
            Na água o papel se desfazendo reciclava as ideias de papel molhado, moído, prensado, seco. Usado, papel velho, gasto vira novo. Do novo de papel a sua arte.