domingo, 29 de novembro de 2015

Podemos nos encontrar

Foi um domingo

Os quartos de um hotel próximo seriam abertos a partir das oito horas. Oito e dez deixamos a festinha do bairro. Sem suspeitas

Foi na mesma noite em que os pais dela saíram às pressas para o enterro de um tio-avô distante

Ela tirou a calça. Eu fui de boca, doido no cheiro de vagina

- Para, para, calma. Não quero desse jeito

Eu tirei a calça, meu pau duro

- Ei, eu disse, para!

Ela levantou e se vestiu

- Que foi?
- Quero ir embora

Eu fiz birra

- Então por que raios a gente veio?

Resmunguei os 5 minutos de uma hora paga

- Desculpa
- Esquece
- Boa noite
- Boa

Ela desceu do carro, correu chorando, tocou a campainha

- E aí, como foi? Conta, conta – Notou o choro. Se assustou – O que aconteceu?!

Seguiram conversando

Quando amanheceu, uma comichão, ela enviou mensagens pelo celular

“Oi? Tudo bem? Nossa, que chato aquilo da noite passada ”
“É, foi. Tudo bem. E você? ”
“Bem. Estive pensando, vou largar da aula mais cedo. Podemos nos encontrar. O que acha? ”
“Não sei. Melhor não ”
“Esquece aquilo. Ela já está bem ”
“Sei ”
“Verdade ”
“Que horas? ”
“Às oito? ”
“Ok. Não atrase ”.