Quem treina nossos meninos?
Cap. 1
Cap. 1
Na avenida luzes se
aproximam, ofuscariam a visão de qualquer um devido a força que transparecem na escuridão. Será um carro?
Luzes da energia privada iluminam
a saída de um casal em um dos prédios da mesma avenida.
- Perdeu, perdeu! Passa tudo!
Tira o relógio, passa!
Nada de carro. Já perto e já
perdido eram duas motos, de ronda, para infelicidade dos transeuntes da via.
Tensão. Não há arma visível.
Tensão. Está demorando muito. Deve de ser a presilha do relógio que não
funciona dada as mãos tremulas, sintomas desse abuso que é fruto do descaso com
as vidas.
Um grita. O outro está tenso.
Posso notar. Fica de apoio.
Na fuga dessa ação, uma busca por trocados, o apoio se atrapalha.
Quase fica. É chamada sua atenção.
Está em treinamento.
Cap. 2
Início de
noite, movimentado. Horário de retorno aos lares. Dois rapazes caminham.
Outros também caminham. Uniformizados, voltam da escola; Socialmente vestidos, voltam do
trabalho.
Frente ao portão de um prédio um
casal de amigos chega depois de horas no trânsito e um papo ainda não concluído. Calor, os vidros abertos.
- Perdeu, perdeu! Perdeu! Desce,
desce!
São os dois rapazes e também o
casal do carro, todos assustados. Ainda mais os rapazes. O
casal, estes, aprenderam com as histórias contadas de tantas outras, não mais
vidas e com conselhos cedidos pela própria polícia: não reagir.
Os rapazes se atrapalham. Qual
deles vai dirigir? Será que algum deles sabe? Não sabem. Um tenta.
Agora não tem mais volta. Tem? Deixar o carro? Arriscado.
Estão em treinamento.